quinta-feira, 5 de maio de 2016

Boas Peças - Trair e coçar, é só começar

Oi pessoal, como é que vocês estão?

Hoje, quem vai falar aqui com vocês é a Janaina, namorada desse menino pentelho........ Kkkkk

Como o Lu já citou na última indicaçãono último feriado prolongado fizemos uns passeios bem gostosos, tanto para ele, que não tinha experiência com teatro, quanto pra mim, que já assisti a algumas boas peças.


O que me encanta e por quê eu gosto tanto do teatro? 

Bom... eu gosto daquela campainha tocando, a sala ficando escura, as cortinas ainda fechadas e eu tentando descobrir o que tem ali atrás:
Será um cenário requintado e cheio de cores? Será uma cadeira solitária e um lustre? 
Sinto uma energia eletrizante naquele silêncio.
É isso que me fascina.


Hoje vou falar um pouco sobre a peça "Trair e coçar, é só começar", um texto de Marcos Caruso, em cartaz há 30 anos! 


Achei um pouco longa para uma sessão de teatro, com aproximadamente 2 horas, a história mostra as confusões e os conflitos causados pela empregada Olímpia.

Com o palco dividido em sala, biblioteca, lavabo e cozinha, Olímpia consegue prender os patrões, Eduardo e Inês, e os amigos, Cristiano e Lígia, e também os vizinhos em diferentes cômodos, após envolvê-los em uma suspeita de adultério. 


A confusão se inicia pela paixonite do síndico por Inês, arquiteta que o ajuda na redecoração do condomínio.  

Além disso,  a suspeita de traição se intensifica quando Olímpia ouve de Lígia e sua patroa, que elas estão a espera de um homem no apartamento de Inês. 
Eduardo, marido de Inês, chega em casa de um congresso, e cancela o jogo de tênis com o amigo Cristiano (marido de Lígia), e após ouvir as palavras da empregada, começa a desconfiar e arquitetar um plano para, junto com o amigo, pegar as duas esposas no ato da traição.


A suspeita do adultério é demonstrada ao longo da peça através de copos de whisky, ligações entrecortadas, conversas ouvidas pela metade e o famoso "leva-e-traz".

Embora eu goste muito de comédias,  fiquei um pouco decepcionada, primeiro pelo exagero dos personagens, da gritaria em excesso e do uso de palavrões.  

A decepção também ocorreu pelo fato de anos antes (e sempre que possível) assistir ao filme homônimo, inspirado no texto original da peça. 

Sob direção de Moacyr Goes, o filme de 2006, conta com a ótima interpretação de Adriana Esteves, Cassio Gabus Mendes, Bianca Byington e grande elenco, me surpreendeu inúmeras vezes me arrancando gargalhadas, contando a mesma história que a peça, que não foi assim tão divertida...


Qual o sucesso para tantos anos de estrada?

Pelo o que pude perceber, os atores são sempre reciclados, para dar mais energia a peça, além disso, trazem temas atuais para somar as piadas do texto original, incluindo Wesley Safadão e a expressão "Bela, recatada e do lar", retratada recentemente no cenário político.

Uma ótima peça para refletir sobre como podemos nos enganar sobre as atitudes das pessoas e que o que entendemos e compartilhamos de forma errônea pode gerar uma imensa confusão para as pessoas envolvidas.  

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