quinta-feira, 9 de junho de 2016

Bons Livros - A garota no trem

Olá pessoal, como vocês estão?

Eu, Janaina, estou aqui novamente, dessa vez para falar um pouco sobre mais um livro para os amantes do gênero suspense! 

"A garota no trem" é um thriller psicológico, intrigante desde as primeiras páginas, semelhante a um diário, em que cada capítulo é alternado entre as diferentes personagens, contando fragmentos dos dias de Rachel, Megan, Scott (marido de Megan), Tom (ex-marido de Rachel) e Anna (atual esposa de Tom). 

A trama da jornalista Paula Hawkins ultrapassou a marca de milhões de exemplares no Reino Unido, Irlanda, EUA, Canadá e Brasil!


A história acontece em Londres, onde Rachel, personagem principal, alcoólatra, recém-divorciada, solitária e auto-destrutiva, passa manhãs e tardes observando pela janela do trem de Ashbury a Londres, durante seu trajeto cotidiano para o trabalho, fantasiando como é a vida ao longo das casas geminadas, ladeadas pelos trilhos, onde ela própria já havia morado com seu ex-marido Tom, atualmente casado com Anna e a filhinha deles.  

Tom e Anna tem um relacionamento complicado pelas mentiras e pela insegurança, já que seu relacionamento começou quando Tom ainda era casado com Rachel. Tom é o típico garanhão, rodeado de amigos, e distante da família, enquanto Anna assume o estereótipo de mulherão, que seduz aos homens por sua beleza provocante e inteligência, sem medo de se envolver com homens já comprometidos. 

Megan e Scott não são diferentes: Megan esconde seu passado regado a drogas e prostituição, e um segredo que ninguém desconfia, nem mesmo seu atual marido  Scott, que se mostra possessivo, inseguro e que rastreia os passos da esposa em redes sociais e filtros de busca em seu computador.

Após dias de voyerismo pelo trem, porres e o consequente desemprego, somado a amnésia alcoólica, e a fuga da realidade, Rachel, perseguidora do marido, encontra distração ao se ver envolvida em um grande mistério: o desaparecimento de uma jovem loira interessantíssima (Megan), que ela envolvia em sua imaginação. 

Dividida entre sentimentos de raiva, pena, e abandono, Rachel encontra uma motivação para mudar de vida: investigar por conta própria o desaparecimento de Megan, já que testemunhou pelo trem uma cena curiosa de adultério. 

Mas, quem vai acreditar no depoimento de uma bêbada, com a mente perturbada e acusada de perseguição pela família do ex-marido? 

Ao longo do livro, as histórias vão se cruzando, com personagens paranóicos que não confiam em suas próprias atitudes, incitando o leitor a duvidar quem, afinal, é o assassino. 
Seria Scott ? Ou Megan fugiu com o homem que a beijava (visto por Rachel do trem)? 
Será que ... durante a perseguição de Rachel à família do ex-marido, ela cometeu alguma besteira?
Ou será que ... Anna, a esposa de Tom, se vingou da pessoa errada?
Com data de lançamento para as telonas prevista para o dia 24 de Novembro de 2016, sob a direção de Tate Taylor, o filme contará com a participação de Emily Blunt, Rebecca Ferguson, Haley Bennett e mais! 
O livro foi comparado a “Garota exemplar”, best-seller de Gillian Flynn e adaptado para o cinema, com a atuação e direção de Ben Affleck e grande elenco, que também gira em torno de um desaparecimento...Eu, particularmente, não gostei muito...
Mas "A garota no trem", não vejo a hora!

Para aguçar a vontade de ler, e acompanhar esse suspense, segue o trailer de divulgação!
 
Espero que gostem e possam desfrutar dessa leitura tanto quanto eu, não esqueçam de marcar essa publicação como +1, para podermos saber que vocês gostaram, sigam o blog, cadastrem seus e-mail para futuras postagens e comentem, deixem sua opinião,

Um grande abraço e um ótimo final de semana =)

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Bons Livros - Como eu era antes de Você (Me before you)

Em um post anterior, eu falo que meu gênero preferido para ler são histórias de ficção, fantasiosas e com muitas aventuras, e como exemplo cito meu livro de cabeceira, o último livro da saga de Eragon, "Herança".
Mas me proponho a ler outros gêneros, dependendo da história.
Vou confessar, um arrependimento foi ler os dois primeiros livros da saga Crepúsculo e quando terminei, quase tive uma crise de diabete aguda devido a tanta melação que tem nesses livros. De qualquer forma foi uma boa leitura e o lado positivo foi enriquecer o vocabulário.

Indo totalmente contra essa minha decepção, hoje vou falar também de um romance, não tão novo, mas também não velho, puxado para o drama.
Vamos falar de "Como eu era antes de você".



Já tinha visto muitas pessoas, em sua grande maioria mulheres, lendo esse livro no metrô e nos ônibus, mas até então não tinha me intrigado, até que minha namorada comprou uns livros e ele veio junto. Naquele momento fiquei curioso e como ela estava lendo outros livros, pedi emprestado e comecei a ler.

A história começa com Willian Traynor e uma mulher em seu apartamento em Londres, na Inglaterra, onde ele tenta convencê-la a acompanhá-lo em uma viagem para a prática de esportes radicais, mas ela não quer pois se sente muito entediada nesses lugares,  por não gostar de praticar esportes.
Vendo que a conversa não ia muito longe, Will se levanta, se troca, dá um beijo em sua namorada e sai para ir trabalhar.

O tempo está chuvoso, perigoso para sair de moto, sendo assim ele decide pegar um táxi perto do condomínio onde mora.
Depois de cumprimentar o zelador e ver o congestionamento, ele tenta atravessar a rua enquanto fala ao telefone com alguém do escritório onde trabalha, quando, no meio da travessia, ele se assusta com uma buzina e quando olha para trás só dá tempo de ver a moto se aproximando em alta velocidade.

A história recomeça, mas dessa vez com Louisa Clark, uma mulher/menina que vive em uma cidade próxima de Londres, uma cidadezinha pequena, recatada e com poucos habitantes, o suficiente para todo mundo se conhecer e saber da vida um do outro. Com 26 anos, trabalha em um café local, sem qualquer perspectiva de crescimento, visto que só terminou o colégio e está satisfeita com a vida que tem, ganha pouco, mas ajuda os pais com as despesas de casa e namora há, mais ou menos, 7 anos com Patrick, que largou o emprego de vendedor para se dedicar a vida de atleta, treinando para triatlons. 

Louisa se vê em uma situação crítica quando seu chefe resolve fechar o café e voltar para a Austrália. Vendo que a situação pode se complicar em casa, ela vai até uma agência de empregos, onde tenta se adaptar a várias vagas diferentes, até em uma fábrica de frangos, mas sem sucesso.
Em compensação ela sempre pode contar com sua família: sua mãe, uma dona de casa gentil e preocupada com todos, que está sempre cuidando do vovô que tem alguns problemas de saúde. Seu pai, legítimo chefe de casa, está sempre trabalhando demais para poder sustentar a casa com a ajuda de suas duas filhas. Katrina (ou Treena), irmã mais nova, mãe precoce, mas que não compartilha dos mesmos pensamentos que Louisa, estudava antes do filho Thomas nascer,  e teve de largar os estudos, temporariamente, mas os retoma durante a leitura e sempre é elogiada pela sua inteligência e ambição em crescer na vida (o que causa uns certos momentos de conflitos por causa de ciúmes e inveja por parte de Louisa).

Depois de algum tempo aparece uma vaga intrigante como cuidadora, para ganhar muito bem, além dos padrões para a cidade. Ela avalia bem a questão e depois de ver que não iria precisar limpar o traseiro de ninguém, ela resolve tentar.

Mesmo com uma entrevista que tinha tudo para dar errado, Louisa foi aceita e começou no dia seguinte.

Quando Louisa e Will foram apresentados o clima não foi dos melhores, Will estava sempre de mal humor e não tinha nenhuma paciência com ela, visto que Louisa nunca tinha cuidado de ninguém antes e ainda estava se acostumando com suas necessidades e particularidades.
Ainda tinha de estar sempre atenta para o caso de a Mãe de Will aparecer, a Sra. Camila Traynor, que trabalha como juíza na cidade onde vivem, com temperamento difícil e sempre com um ar bem soturno devido as complicações do filho e dos problemas no casamento. Também temos o pai de Will, o Sr. Steven Traynor, que é responsável por cuidar do, praticamente, único ponto turístico da cidade, o castelo, vive aparecendo de supetão e levanta algumas suspeitas de Louisa, e por ultimo, aparecendo pouco durante a leitura temos a irmã dele, Georgina Traynor, que mora na Austrália. Não menos importante, ainda temos Nathan, o enfermeiro encarregado de cuidar de tudo relacionado a Will.

Entre a vontade de desistir e choros pelos cantos, ela começa a ver que poderia se adaptar à situação e em uma primeira oportunidade, Louisa responde a mesma altura para Will, na mesma dose de sarcasmo, que fica surpreendido. Dia após dia as coisas foram evoluindo, até que em uma tarde, entre conversas e portas abertas, Louisa ouve um segredo da família Traynor, esse que a faz repensar sua vontade de continuar trabalhando com eles.

Sim, ela volta, mas com condições estritas para a família dele e com isso, alegrias e tristezas, sorrisos e frustrações, planos e medos e muita emoção preenchem as páginas a seguir, dando forma a história, o que garante uma leitura ávida e interessante.

Li em muitos blogs, que escreveram uma resenha do livro, e concordando, vou repassar adiante a mesma informação: se você estiver esperando um feliz para sempre, não compre, não peça emprestado para nenhum amigo e muito menos leia na internet. Esteja ciente que não é uma história convencional.

Ainda assim, tenho que dizer que o livro é muito bem construído, muito bem articulado. Não existem buracos na história, e cada personagem faz seu papel sem passar da linha.
E sim, pode ser uma história real, pois não envolve vampiros se apaixonando por seres humanos de uma forma incondicional ou dentro de um triângulo amoroso ainda mais irracional que o exemplo anteriormente citado .
É uma estória que chega a ser palpável, dentro das possibilidades independente de qualquer situação descrita.

Sim, eu li um livro de romance, e leria muitos outros que fossem tão bons como esse, mesmo que a história possa não vir a agradar a todos.

Espero que gostem da indicação da semana, e que possam aproveitar uma boa leitura, de uma história boa e bem interessante, 
Depois de lerem, ou para quem já leu, voltem e comentem o que vocês acharam, marquem como +1, sigam o blog para ficar por dentro de todas as indicações.

Um grande abraço =D

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Bons pensamentos - Por que ler é bom?

Fala ai pessoal,

Como vocês estão? Espero que bem, mesmo com esse friozinho que chegou já faz um tempinho. Eu posso dizer que estou muito bem com o frio, porque já não estava mais aguentando aquele calor descomunal. Não precisa ficar muito, mas pelo menos um pouco kkkkk.

Vim aqui hoje para divagar com vocês, quem sabe de repente entrarmos num diálogo, uma boa conversa e, de repente, argumentarmos sobre algumas coisas. 

Na verdade gostaria de contar para vocês o porque eu gosto tanto de ler e, quem sabe, encorajar alguém a começar também, por que não?

Na minha opinião, não tem hora para começar a ler, ver filmes, escrever, voltar a estudar etc, podemos começar agora, isso é o mais legal.



Eu nunca fui uma pessoa muito interessada por leitura. Quando era mais novo, sempre arrumava um jeito de simplesmente escapar de ler os livros da escola, no fundamental e colegial, sem ao menos tentar. Hoje eu olho para esse tempo e me arrependo, pois eu poderia ter descoberto uma das minhas paixões mais cedo. Mas quem sabe não tenha sido na hora certa... Who knows? :D 

Quando eu tinha mais ou menos uns 13 ou 14 anos, eu acho, minha mãe, vendo que eu não me interessava pela questão, resolveu me "forçar" a ler e decidiu por um em particular, que eu acredito que ela tenha visto que eu poderia gostar: "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (lançado em solos brasileiros em 01 Janeiro de 2000), me cercando e me perguntando quase todos os dias se eu estava gostando e, principalmente, se eu estava realmente lendo.

Claro que comecei a ler daquele jeito, sem vontade nenhuma e geralmente quando minha mãe estava de olho. Demorei meses para sair das primeiras páginas e, claro, levei algumas chamadas por isso, até que teve uma hora que eu engrenei e aí eu não parei mais.


Por que eu gosto tanto de ler hoje?

A resposta é simples, mas nem tanto.
Digo isso porque acredito que algumas pessoas possam não conseguir captar a minha ideia, mas vamos lá.

Quando estou lendo, eu consigo me transportar para o mundo em que as palavras estão descrevendo, eu imagino as personagens, a cena, as casas, castelos, vilas, aldeias, montanhas.
É praticamente como se eu estivesse sentado em uma cadeira especial, que me levasse junto com a história e pudesse me teletransportar de cena em cena conforme as coisas vão acontecendo e mudando.

Eu demoro para ler porque presto atenção em detalhes, nomes dos personagens, o que eles fazem no decorrer da história. Mesmo depois de anos que eu já tenha lido a história de Harry Potter, por exemplo, eu ainda consigo dizer nomes de personagens, feitiços e por ai vai.

Releio livros que eu já li várias e várias vezes, algumas vezes porque não tenho como comprar novos ou simplesmente porque me deu vontade de ler de novamente, quem sabe não encontrar algo que eu não tenha visto, algum pequeno detalhe que passou desapercebido.

Sim, minha imaginação vai muito além e eu não vejo nenhum problema nisso, eu acho isso ótimo, me transportar um pouco do mundo real, ir para uma mundo de fantasia, feitiços, dragões, anões, elfos, urghals, ciclopes, deuses gregos, e tudo mais.


Deve ser por isso que me decepciono ao ver os filmes de franquias de livros bem sucedidos, na maioria das vezes é frustrante estragar com aquilo dentro da minha cabeça, porque realmente é muito melhor, como se fosse uma coisa minha, única.

Outro ponto positivo do livro para os filmes de adaptações?
Um filme nunca vai conseguir trazer para as telonas as riquezas de detalhes que podemos encontrar em um livro, mesmo algumas vezes enchendo o saco de tanto detalhes exagerados, mas ainda assim, a maioria deles são essenciais para a construção da história.

Minha maior decepção com relação a adaptação de livros para as telonas?
"Eragon", definitivamente, mesmo que na época eu só me interessei pelo livro por causa do filme. Mas depois que eu li o primeiro livro a decepção bateu de uma forma muito grande, deu até para ver estrelas
Quem sabe logo logo não tenhamos uma indicação dessa história de cavaleiro de dragão, visto que o último livro da franquia é o meu de cabeceira, "Herança", com certeza o melhor livro que eu já li.

Sobre como eu escolho um livro para ler.
Bom eu não vou mentir, eu sou bem visual, me baseio mais pela capa e, as vezes, pela sinopse no final do livro, mas ainda assim é muito raro eu fazer isso.


Mas o que tenho feito mesmo nesses últimos tempos é procurar na internet, por exemplo, "os livro mais vendidos", e se eu me interessar por algum, eu procuro se tem comentários positivos sobre eles em qualquer meio de comunicação. Outro lugar que eu costumo encontrar boas recomendações é nos sites de vendas mesmo, como Submarino, Americanas e afins, na parte de opiniões, mesmo que a maioria ainda não tenha, porque essa moda ainda é nova por aqui, mas ainda assim quando tem, ajuda bastante.

Porém tenha ciência que, ainda assim, o livro pode não ser tão bom quanto você pensou, as vezes muitas pessoas podem gostar de um certo livro, do gênero que você que gosta, porém ele acaba sendo decepcionante, mas ainda assim vale a pena.

Bom pessoal, espero de verdade que vocês tenham gostado e que possam se dar essa chance.

Existe uma infinidade de livros, de todo tipo de gênero que vocês possam imaginar.
Eu gosto de livros fantasiosos, de deuses gregos, de fatos históricos misturados com uma história diferente e por aí vai.

Se predisponham a tentar, mesmo porque não da para saber se não gostamos se ao menos não tentarmos, até porque nos dias de hoje não temos somente o livro físico para ler, temos também os e-books que podem ser lidos nos computadores, tablets, smartphones, e os e-readers, aqueles próprios para leitura, parecidos com os tablets, o mais famoso deles é o Kindle da Amazon.

Eu, particularmente, não consigo ler no computador e em muitos outros meios eletrônicos, embora eu ainda queira experimentar o Kindle, não consigo me concentrar na leitura, fico disperso e me perco a todo momento, tendo de reiniciar a leitura, mas posso dizer que, com certeza, eu prefiro a maneira tradicional, o livro mesmo.

Não se detenha pelo tamanho do livro ou pelo tamanho das letras, tem muita gente que só arruma desculpas para não ler: "ahhhh o livro é muito grande, muito pesado, como eu vou levar ele na minha mala ou por aí", "nossa que letras grandes, parece livro de criança", "Que pequeno, a historia deve ser ruim, não vou nem perder meu tempo lendo".

Pela leitura para todos, eu voto #SIM


E eu quero fazer um agradecimento aberto para minha mãe, que insistiu, teve paciência, na maioria das vezes. Eu sou muito agradecido pelos puxões de orelha e por brigar, também, porque com certeza se ela não tivesse feito todas essas coisas que fez, eu não teria descoberto um dos melhores hobbies que eu tenho hoje, que é ler.

Não esqueçam de marcar essa postagem como +1, sigam o blog para futuras postagens e comentem , se expressem, deixem a gente saber o que vocês pensam sobre ler.

Até a próxima ;)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Bons filmes - De onde eu te vejo

Continuando a sessão "indicações do último feriado prolongado", vim falar um pouco sobre o filme brasileiro "De onde eu te vejo".

O longa, sob a direção de Luiz Villaça, conta a história de Ana, arquiteta interpretada por Denise Fraga, e Fábio, jornalista interpretado por Domingos Montagner, e que após 20 anos de casamento decidem pela separação, devido a insatisfação de Ana e seu excesso de misticismo, e acabam se tornando vizinhos de prédio, com as janelas frente a frente. 

O difícil processo de separação é complicado pelo ingresso da filha Manu, na faculdade de Biologia, na cidade de Botucatu, a alguns quilômetros da capital. 

A pitada de comédia acontece entre discussões, ciúmes e desentendimentos pelo futuro da filha, especialmente quando Fábio se dá conta que Ana já está seguindo sua vida e está se envolvendo em um novo relacionamento, e ele, solitário e desempregado, fica dia e noite observando-a pela janela, fingindo também estar em um novo relacionamento.

O encantamento se dá pela filmagem nas ruas da capital de São Paulo, onde são retratados antigos e charmosos prédios do centro velho, visitados por Ana, que busca contratos para a demolição e reestruturação dos bairros.



O impasse se dá quando, em cada prédio e casa, ela encontra moradores idosos, com suas peculiaridades e especialmente suas histórias de amor.

Quem quer abandonar o cine Marabá, quando ali foi o palco de um lindo romance? 

Ali e em diversos locais, Ana e Fábio revivem o passado em suas doces lembranças, amigos que já partiram, prédios e restaurantes que já não existem mais, o primeiro apartamento regado a sonhos e planos para o futuro, que hoje, já não se encaixam mais.



Por fim, a voz meiga da Denise Fraga e o charme do Domingos Montagner levam o espectador a refletir sobre situações do casamento, como lidar com mudanças após tantos anos convivendo na mesma casa e depois de ter construído uma família ...

Já eu?
Eu fiquei andando mentalmente pelas ruas do centro, imaginando que por trás de cada prédio abandonado, cada janela, aqueles locais foram palcos de inúmeras histórias de amor, de morte, de alegrias... e que hoje estão largados, sujos e a cada dia mais perigosos.

Mas ainda assim, imaginar tudo isso? 
Ah! É fascinante! 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Boas Peças - Trair e coçar, é só começar

Oi pessoal, como é que vocês estão?

Hoje, quem vai falar aqui com vocês é a Janaina, namorada desse menino pentelho........ Kkkkk

Como o Lu já citou na última indicaçãono último feriado prolongado fizemos uns passeios bem gostosos, tanto para ele, que não tinha experiência com teatro, quanto pra mim, que já assisti a algumas boas peças.


O que me encanta e por quê eu gosto tanto do teatro? 

Bom... eu gosto daquela campainha tocando, a sala ficando escura, as cortinas ainda fechadas e eu tentando descobrir o que tem ali atrás:
Será um cenário requintado e cheio de cores? Será uma cadeira solitária e um lustre? 
Sinto uma energia eletrizante naquele silêncio.
É isso que me fascina.


Hoje vou falar um pouco sobre a peça "Trair e coçar, é só começar", um texto de Marcos Caruso, em cartaz há 30 anos! 


Achei um pouco longa para uma sessão de teatro, com aproximadamente 2 horas, a história mostra as confusões e os conflitos causados pela empregada Olímpia.

Com o palco dividido em sala, biblioteca, lavabo e cozinha, Olímpia consegue prender os patrões, Eduardo e Inês, e os amigos, Cristiano e Lígia, e também os vizinhos em diferentes cômodos, após envolvê-los em uma suspeita de adultério. 


A confusão se inicia pela paixonite do síndico por Inês, arquiteta que o ajuda na redecoração do condomínio.  

Além disso,  a suspeita de traição se intensifica quando Olímpia ouve de Lígia e sua patroa, que elas estão a espera de um homem no apartamento de Inês. 
Eduardo, marido de Inês, chega em casa de um congresso, e cancela o jogo de tênis com o amigo Cristiano (marido de Lígia), e após ouvir as palavras da empregada, começa a desconfiar e arquitetar um plano para, junto com o amigo, pegar as duas esposas no ato da traição.


A suspeita do adultério é demonstrada ao longo da peça através de copos de whisky, ligações entrecortadas, conversas ouvidas pela metade e o famoso "leva-e-traz".

Embora eu goste muito de comédias,  fiquei um pouco decepcionada, primeiro pelo exagero dos personagens, da gritaria em excesso e do uso de palavrões.  

A decepção também ocorreu pelo fato de anos antes (e sempre que possível) assistir ao filme homônimo, inspirado no texto original da peça. 

Sob direção de Moacyr Goes, o filme de 2006, conta com a ótima interpretação de Adriana Esteves, Cassio Gabus Mendes, Bianca Byington e grande elenco, me surpreendeu inúmeras vezes me arrancando gargalhadas, contando a mesma história que a peça, que não foi assim tão divertida...


Qual o sucesso para tantos anos de estrada?

Pelo o que pude perceber, os atores são sempre reciclados, para dar mais energia a peça, além disso, trazem temas atuais para somar as piadas do texto original, incluindo Wesley Safadão e a expressão "Bela, recatada e do lar", retratada recentemente no cenário político.

Uma ótima peça para refletir sobre como podemos nos enganar sobre as atitudes das pessoas e que o que entendemos e compartilhamos de forma errônea pode gerar uma imensa confusão para as pessoas envolvidas.  

terça-feira, 26 de abril de 2016

Boas Peças - Doze homens e uma sentença

Fala ai pessoal, como é que vocês estão?

Eu sei que faz um tempo considerável que eu não apareço por aqui, mas para compensar trouxe uma indicação quentinha para vocês, se bem que nem tão quente assim.

Nesse final de semana com feriado prolongado, resolvi fazer um programa diferente com a minha namorada, que me ajuda aqui no blog também, e como eu nunca fui muito de frequentar teatro, ao contrário dela, resolvi que a levaria para um lugar diferente do que estávamos habituados.

A primeira opção, por estar muito em cima da hora,  acabou por não dar certo. Me vendo em uma posição complicada,  resolvi arriscar em um outro gênero, e dando uma olhada na internet descobri a indicação de hoje.

Não vou mentir, fui com receio de não ser bom, de ela acabar não gostando, mas acabou que tudo foi perfeito, e tanto ela, que adora teatro, quanto eu adoramos. Então, vamos a peça? 

A primeira indicação de teatro é: "Doze homens e uma sentença".


Se trata de um drama americano que virou filme em 1957, filmado em apenas um cômodo, com apenas duas cenas fora desse, que somam no máximo dois minutos. Em preto e branco, com uma duração de mais ou menos 93 minutos, a filmagem na época, rendeu vários prêmios de melhor ator, melhor história, roteiro e muitos outros.

A adaptação para os palcos se deu apenas em 2010 e desde então vem fazendo o maior sucesso em terras brasileiras.

O que chama a atenção logo de inicio, é que a peça, assim como o filme, se passa em apenas um comodo, uma sala, com doze cadeiras e uma mesa comprida, um cabide, um bebedouro e um ventilador, em uma dia de muito calor.

O espetáculo começa com a entrada de um representante do juri fazendo uma checagem da sala em questão, e então inicia-se a chamada dos 12 jurados, através de seus respectivos números, incluindo o chefe de jurados para coordenar o debate, uma referência para não virar uma bagunça. Quando todos os jurados entram na sala, o representante do juri sai e tranca a porta.

Os jurados andam pela sala, apreensivos e curiosos, tentam puxar conversa com alguns outros jurados, mas a coisa está truncada, até que então, o chefe chama a atenção dos presentes, e sugere que sentem na ordem de seus respectivos números e que seja discutida a questão: "adolescente de 16 anos mata o próprio pai - culpado ou inocente?".

O chefe em questão deixa claro que é preciso que a decisão deve ser tomada por unanimidade ou nada feito (conforme processos de juri que acontecem nos Estados Unidos). De inicio é sugerida uma votação, muitos dos jurados deixam claro que não querem ficar ali muito tempo, pois tem suas próprias coisas para fazer. e quando a votação aberta termina, temos 11 jurados declarando o réu culpado e apenas 01 que é contra. Então temos  o início verdadeiro da questão, onde apenas um homem tem de mostrar o seu ponto de vista e, com uma argumentação convincente para seus colegas jurados convence-los a ver a coisa por um outro lado.

Discussões, preguiça, ameaças, muito stress, calor, fome, análise e reanálise das evidências e depoimento das testemunhas, argumentos, contradições, explicações e mais explicações, defesa de ponto de vista, tudo isso faz parte desse espetáculo muito bem estruturado e muito bem realizado pelos respectivos atores que, posso dizer, fizeram um trabalho digno de se aplaudir de pé.

Eu? Fiquei totalmente entretido, me identifiquei com alguns personagens, esbravejei em pensamento com outros querendo pegá-los pelos colarinhos e dar-lhes uns tapas falando: "Acorda, presta atenção, isso faz sentido".

Mas, o mais importante é que a peça tem como intuito nos ensinar muitas coisas, a pensar na forma como lidamos com muitas coisas, como: o pré julgamento de pessoas que não conhecemos, sem saber os fatos e as evidências que levam, ou levaram, uma pessoa x a fazer isso ou aquilo; que devemos pensar antes de tomar uma atitude, pois isso trás consequências, nesse caso ainda mais, pois são 12 jurados decidindo o futuro de um garoto de 16 anos.

Embora se passe em meados da década de 50, é uma peça que retrata o momento atual, onde as pessoas constantemente tentam se firmar perante a sociedade, impondo, brigando e discutindo opiniões, querendo se provar mais certo do que o outro.

Os atores são mais velhos e retratam o júri formado por pessoas do povo, operários entre os citados. Acredito que o filme siga a mesma linha e garanto que em breve eu vou assistir, junto com a companhia dela, meu amor *-*

O que eu posso dizer? De forma simples e objetiva, se tiverem a oportunidade, assistam. O ingresso não é caro e provavelmente deve ficar em cartaz em São Paulo por pouco tempo.

Espero que tenham gostado da indicação da semana, que vocês possam curtir tanto quanto e meu amor curtimos. Ela ficou vidrada, não me deu bola durante todo o espetáculo....kkkkkk

Deixo aqui o meu abraço mais apertado para vocês e agradeço a paciência em esperar.


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Bons filmes - Sentimentos que curam

Fala ai pessoal,

Depois de quase duas semanas, estamos de volta com mais um indicação para vocês.

Sente-se e aproveitem:

Se tem um tema recorrente nas redes sociais, o feminismo, o racismo, e todas as demais causas sociais, encontrei isso também no filme "Sentimentos que curam", de Maya Forbes, cujo título em inglês (Infinetely Polar Bear) é uma referência a inocência infantil ao confundir o transtorno bipolar com "urso polar".



Protagonizado por Mark Ruffalo (Cameron) e Zoe Saldana (Maggie), o filme autobiográfico conta a história do pai da diretora Maya e a dura batalha de Cameron, diagnosticado com Transtorno Bipolar/ Maníaco-Depressivo, e suas crises para criar as filhas ainda crianças (Interpretadas por Imogene Wolodarsky e Ashley Aufderheide).


Além disso, mostra claramente a dificuldade que crianças tem em entender e lidar com pais separados e especialmente com o pai doente, como por exemplo: vergonha dos amigos, mudança de escola e o aprendizado e o amadurecimento (especialmente em cenas em que elas se fazem de fortes, porque entendem que precisam se cuidar e cuidar do pai).


O filme, notavelmente filmado em outra época, com carros antigos, a ausência de smartphones etc, retrata a alegria de brincar na rua, pular corda, jogar bola, andar de bicicleta e correr ao ar livre (que delícia, não?), coisas que as crianças dessa geração dificilmente conhecem. 

Dentro desse contexto, também é inserida a batalha feminina pra conseguir um espaço no mundo corporativo: Maggie abre mão da sua família para fazer um MBA em outro local, e quando finalmente consegue, chega a perder a vaga de emprego por uma razão: é mãe, tem família dependente - isso é realmente bem trsite. 



Dentre a curiosidade apontada anteriormente sobre Maggie, outro fato, quase que imperceptível (dentro do filme), é ela ser negra em meio a outros candidatos brancos. Isso é abordado, também, em um outro ponto do filme, em que a filha mais velha diz claramente ser branca, mas que se for pra agradar a mãe, ela pode mentir sobre sua cor de pele. 

Inocente, doce, agitado... porém com cenas extremamente leves e sutis, para refletir sobre como criar e cuidar da família, sobre o preconceito em relação a pessoas portadoras de síndromes, e também sobre o racismo e a diferença entre os sexos.

Valeu a pena =)

Texto escrito pela mais bela e meu amor Janaina *-*